domingo, agosto 21, 2005

POUPAR ÁGUA

SECA: Quercus alerta para o que cada cidadão pode fazer

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, baseada no Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água aprovado em Dezembro de 2001 vem contribuir para uma das componentes importantes a ter em conta no dia a dia da gestão de recursos hídricos e em particular em período de seca – a actuação dos cidadãos através de pequenas remodelações que podem efectuar em suas casas e através da mudança de comportamentos.
Eficiência na gestão da água é imperativo ambientalOs recursos hídricos não são ilimitados e em situação de escassez a sua gestão deve ser ainda mais cuidada porque:- Uma maior eficiência corresponde obviamente a redução dos caudais captados e portanto a uma maior salvaguarda e segurança no abastecimento e salvaguarda dos recursos;- Corresponde a um interesse económico a nível nacional (poupança de água representa 0,64% do Produto Interno Bruto nacional);- Aumenta naturalmente a competitividade das empresas nos mercados nacional e internacional.- Uma maior racionalidade de investimentos, minimizando ou mesmo evitando em alguns casos a necessidade de ampliação e expansão dos sistemas de captação e tratamento de água;- Trata-se de um interesse económico ao nível dos cidadãos, na medida em que permite uma redução dos encargos com a utilização da água sem prejuízo da qualidade de vida;- Constitui uma obrigação de Portugal no âmbito da Directiva-Quadro da Água.O que podemos fazer?Autoclismos- Ajuste do autoclismo para o volume de descarga mínimo (quando aplicável);- Uso de descarga de menor volume, ou interrupção da descarga, para usos que não necessitem da descarga total (e.g. urina);- Colocação de lixo em balde apropriado a esse fim, evitando deitar lixo na bacia de retrete e a descarga associada;- Redução do volume de armazenamento (colocando garrafas, pequenas barragensplásticas, etc.), evitando no entanto usar objectos que se deteriorem ou que impeçam o bom funcionamento dos mecanismos;- Não efectuar descargas desnecessárias do autoclismo;- Reutilização de água de outros usos para lavagem da bacia de retrete (em situações de escassez);- Aquisição ou substituição de autoclismos, eventualmente associados a retretes específicas, mais eficientes.Chuveiros- Utilização preferencial do duche em alternativa ao banho de imersão;- Utilização de duches curtos, com um período de água corrente não superior a 5 minutos;- Fecho da água do duche durante o período de ensaboamento;- Em caso de opção pelo banho, utilização de apenas 1/3 do nível máximo da banheira;- Recolha da água fria corrente até chegar a água quente à torneira, para posterior rega de plantas ou lavagens na habitação (em situação de escassez);- Utilização de recipiente para certos usos (lavagem de vegetais, de mãos, etc.) e reutilização no autoclismo ou na rega consoante apropriado (em situação de escassez);- Adopção de um modelo com menor caudal sempre que for necessária a substituição de um chuveiro;- Utilização de torneiras misturadoras, monocomando ou termoestáticas, que permitem também diminuir o consumo por utilização já que permitem a redução do desperdício até a água ter a temperatura desejada (por eliminação do tempo de regulação da temperatura e facilidade de abertura e fecho).- Adaptação de dispositivos convencionais através da instalação de arejador, de redutor de pressão (anilha ou válvula) ou de válvula de seccionamento.Torneiras (lavatório, bidé, banheira e lava-loiça)- Minimização da utilização de água corrente para lavar ou descongelar alimentos (com utilização alternativa de alguidar), para lavagem de louça ou roupa (com alguidar), para escovar os dentes (com uso de copo ou fechando a torneira durante a escovagem), para fazer a barba (com água no lavatório ou com utilização alternativa de máquina eléctrica) ou lavar as mãos;- Verificação do fecho correcto das torneiras após o uso, não as deixando a pingar;- Utilização da menor quantidade de água possível para cozinhar os alimentos, usando alternativamente vapor, microondas ou panela de pressão (poupando água, vitaminas e melhorando o sabor);- Utilização de alguma água de lavagens, enxaguamento de roupa ou louça ou de duches (com pouco detergente) para outros usos, como sejam lavagens na casa e, por períodos limitados, em rega de plantas (também para encher autoclismos, desligando previamente as torneiras);- Utilização da água de cozer vegetais para confeccionar sopas ou para cozer outros vegetais (no frigorífico dura vários dias);- Sempre que necessária a substituição de uma torneira, optar por um modelo com menor caudal;- A utilização de dispositivos mais eficientes permite diminuir o consumo; entre os diferentes mecanismos existentes destacam-se as torneiras com maior ângulo de abertura do manípulo, com redutor de caudal, com dispositivo arejador, com dispositivo pulverizador, com fecho automático ou torneiras com comando electrónico; - Recurso a torneiras misturadoras, monocomando ou termoestáticas;- Adaptação de dispositivos convencionais através da instalação de arejador ou de redutor de pressão (anilha ou válvula).Máquinas de lavar roupa- Consulta das instruções do equipamento, particularmente no que se refere às recomendações relativas aos consumos de água, energia e detergente;- Utilização da máquina apenas com carga completa;- Não utilização de programas com ciclos desnecessários (e.g. pré-lavagem);- Selecção dos programas conducentes a menor consumo de água;- Regulação da máquina para a carga a utilizar e para o nível de água mínimo, se possuir regulador para esse fim;- Substituição de máquinas de lavar roupa no fim de vida por outras mais eficientes em termos de uso de água e energia e com maior flexibilidade para adaptação dos programas à necessidades de lavagem.Máquinas de lavar louça- Cumprimento das instruções do equipamento, particularmente no que refere às recomendações relativas aos consumos de água, energia e aditivos (detergente, sal e abrilhantador);- Utilização da capacidade total de carga sempre que possível;- Minimização do enxaguamento da louça antes de a colocar na máquina;- Não utilização de programas com ciclos desnecessários (e.g. enxaguamento);- Selecção de programas conducentes a menor consumo de água;- Regulação da máquina para a carga a utilizar e para o mínimo nível de água, se possuir regulador para esse fim;- Lavagem de louça na máquina em vez de a lavar à mão;- Limpeza regular dos filtros e remoção de depósitos;- Substituição de máquinas de lavar louça no fim de vida por outras mais eficientes em termos de uso de água e energia e com maior flexibilidade para adaptação dos programas à necessidades de lavagem.

http://quercus.sensocomum.pt/pages/defaultArticleViewOne.asp?storyID=1112

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim, provavelmente por isso e